Em um cenário repleto de incertezas econômicas, não é incomum ouvir falar sobre crises. Muitos olham para a situação atual da economia brasileira com reservas, considerando os desafios apresentados pelo desemprego e a estagnação observada neste ano. No entanto, afirmar que o mercado está estagnado seria um equívoco. Na verdade, o mercado não para; ele se torna mais sagaz e criterioso na forma como investe seus recursos. As empresas enfrentam a necessidade de otimizar custos, ajustar despesas e aprimorar suas estratégias de compra e venda para sobreviver em meio à reduzida circulação financeira.
Em um período como esse, surge a oportunidade de investir com discernimento, buscando minimizar possíveis erros através de escolhas inteligentes. A seleção de fornecedores que oferecem a melhor probabilidade de sucesso torna-se vital. Nesse contexto, é crucial entender que “menor preço” não é sinônimo de “melhor preço”. Optar pelo fornecedor que oferece maior garantia de precisão em suas entregas pode fazer toda a diferença. Afinal, economizar no curto prazo pode, em determinados casos, culminar em custos mais elevados a longo prazo.
É comum ver empresas priorizando a aquisição de produtos ou serviços pelo menor valor, sem considerar as distintas propostas de valor oferecidas por cada fornecedor. Em tempos de crise, é frequente observar fornecedores diminuindo seus preços para assegurar negócios, mas esse movimento pode prejudicar sua capacidade de fornecer com qualidade. Para reduzir custos, alguns fornecedores podem até dispensar parte de sua equipe técnica, comprometendo o suporte ao cliente. Além disso, a busca por atingir metas imediatas pode levar vendedores a fechar acordos sem considerar a construção de relacionamentos de longo prazo. Essa abordagem, porém, alimenta um ciclo prejudicial à saúde das relações comerciais a longo prazo.
A crise, paradoxalmente, pode ser uma oportunidade para fortalecer negócios, desafiando as empresas a reavaliar sua proposta de valor. Abordagens que oferecem pouco ou nenhum benefício aos clientes não têm mais lugar. O momento é propício para repensar a forma como se aproxima do cliente, apresentando soluções que de fato agreguem valor. Para além das compras, é essencial repensar também as estratégias de venda. Capacitar a equipe de vendas para solucionar problemas em vez de simplesmente criar novos é um diferencial que pode impulsionar as vendas mesmo durante períodos turbulentos.
A habilidade de compra e venda é uma ferramenta valiosa, não somente para as grandes corporações, mas também para pequenos empreendimentos, como quiosques de sorvetes em shoppings, oficinas mecânicas, lavanderias e muitos outros. Todos que compram e vendem podem se beneficiar dessas estratégias. É crucial lembrar que a crise, por mais desafiadora que seja, é temporária, e é vital permanecer no mercado para colher os frutos quando ela finalmente ceder. Portanto, ser inteligente tanto na compra quanto na venda é a fórmula para prosperar mesmo em tempos de adversidade.